Ria! Por si e pelos outros.

Jorge Mourato // Janeiro 17, 2019
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Comemora-se hoje o Dia Internacional do Riso. O que é então esse fenómeno social que une culturas tão diversificadas e as distingue também?

O que é que nos faz rir? Com que frequência o fazemos?

Mais do que querer dar respostas a estas questões, coloco-as aqui em tom de reflexão.

Cedo descobri que provocar o riso era uma ferramenta muito útil e importante, e quando digo cedo refiro-me aos meus 3, 4 anitos. Estimulado pelos meus tios maternos, nas reuniões familiares ao Domingo, em casa dos meus avós na Batalha, ora por pequenas piadas ou teatrinhos, logo me apercebi que para além de ter a atenção de todos, o ambiente era sempre de boa disposição e alegria e, para uma criança, nada é mais importante do que um meio onde reine a sensação de sermos amados e queridos. Percebi também que rir e fazer rir são processos equitativamente especiais, longe de imaginar que um dia fariam parte da minha vida profissional…

É certo que nem todos nos rimos das mesmas coisas, seja por questões culturais, sociais, familiares, etc., e também é certo que nem sempre estamos com vontade de o fazer, mas estamos de acordo que a vida em geral é sempre melhor com um sorriso nos lábios, por isso, desafio quem lê este texto a sorrir mais. Por vezes, um sorriso pode ser o melhor presente que podemos dar a um desconhecido, e eu já pude comprovar isso, dos dois lados da barricada.

Rir e fazer rir

A sabedoria popular recorda-nos que rir é o melhor remédio, e a ciência comprova-o, atestando que estimula a produção de dopamina, reduz o stress, melhora a respiração, a digestão, fortalece a região abdominal, entre muitos outros benefícios, sendo também uma arma de sedução.

Na peça em que estou agora em cena, “A Pior Comédia do Mundo”,  que versa sobre o teatro e os seus bastidores, é frequente ver pessoas no público a limpar as lágrimas de tanto rir e a saltarem na cadeira a determinados momentos do espectáculo. É aí que recordo as tardes de Domingo em casa do Avô Zé e da Avó Júlia, das risadas que ecoam ainda na minha memória, e sou inundado por um enorme sentimento de gratidão. Pela vida e por ser actor.

Ria. Por si e pelos outros, por quem não pode ou não consegue.

Nota: Fotografia destaque por Verónica Silva.

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