10 dicas para rentabilizar ao máximo o seu tempo

Ana Tapia // Março 9, 2018
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As rosas

 “Quando à noite desfolho e trinco as rosas

É como se prendesse entre os meus dentes

Todo o luar das noites transparentes,

Todo o fulgor das tardes luminosas,

O vento bailador das Primaveras

A doçura amarga dos poentes,

E a exaltação de todas as esperas.”

Sophia Mello Breyner 

Enquanto mulher, é um ser maravilhoso nunca plenamente revelado e misterioso. Tem em si uma reserva inesgotável de beleza, capacidade, diálogo, apaziguamento e força. Libertando-se da correria, do muito fazer sem nunca parar, pode assim melhor amar, viver e ‘com-viver’.

Tempo presente é vida

O tempo é o bem mais precioso que tem; é a vida que se oferece a si a cada instante que não volta mais. O presente é a melhor dádiva que tem. Não é o passado que é história – já passou – nem o futuro – uma incógnita, uma ilusão.

Só quando está aqui e agora é que consegue usufruir plenamente do sol que lhe aquece o corpo, da luz que ilumina as casas e ruas que percorre, da brisa que agita as árvores ao seu movimento, das emoções e pensamentos que os outros lhe evocam.

Atenta a todos esses pequenos pormenores, ao concentrar-se totalmente em cada coisa, está plenamente presente e o tempo passa sem dar conta. E, assim aprende a desfrutar.

Lembre-se que é uma rainha. Não se mate a trabalhar e aprenda a parar.

Aprenda a ter tempo para si, a fazer pausas e a deixar espaço para imprevistos, sem ocupar todo o tempo disponível. Viver não é só fazer. Há que fazer escolhas.

Aprenda a descobrir e desfrutar de cada momento, de cada tarefa, e a realizar uma de cada vez e, para confirmar a relevância e pertinência da forma como distribui o seu tempo, pergunte-se:

–   O que faço é o que traz mais valor para mim, para aqueles que mais amo e do que esperam de mim no trabalho?

–   Com o conhecimento que tenho neste momento, continuaria a realizar o que me ocupa? Faço o que quero e escolho? Se não, como passar a querer e escolher mais o que faço?

–   Se hoje fosse o último dia da minha vida, continuaria a fazer o que faço neste momento e iria fazer depois?

Deixe de ser ‘máquina’ e faça uma coisa de cada vez.

Sempre que faz várias coisas ao mesmo tempo o que acontece é que não está a 100% em nenhuma delas, nem consigo nem com os outros. Distribui a sua atenção rapidamente entre a conversa, o papel que amachuca, o objeto que arruma ou a nota que regista num papel. Mas…não está plenamente em cada coisa. E, por isso não vive tudo aquilo a que tem direito, desgasta a sua capacidade de concentração, precisa de maior esforço, cansa-se mais e, sim, pode parecer que fez muitas coisas ao mesmo tempo, mas de tudo o que fez, o que realmente “saboreou” totalmente?

Confie e valorize-se. Se não o fizer, quem o fará por si?

Seja cega, surda e muda para as singularidades de pessoas difíceis. Valorize o fundamental e convide a passear o acessório e, sobretudo, desligue aquela voz que a abate “és feia, mal vestida, gorda, não vales nada, não consegues, és sempre o mesmo, devias… se fosses…”.  

Se esta voz a incentiva a conseguir tornar-se mais bela, bem vestida, magra, e a preparar-se para conseguir o que aspira e deseja, ótimo. Se conseguir tirar alguma coisa de construtivo destas “vozes interiores”, para si e para os outros, ótimo! Se não, sorria, agradeça e mande dar uma curva com boa educação, cortesia e um sorriso. Mas, não se iluda… Se não a despachar com muita veemência, ela volta sem parar! Quer queira quer não, esta voz é sua… Não é de mais ninguém. E, pior que isso, a sua autoestima e autoconfiança vão pela estrada dos desaparecidos. Mas, lembre-se: “Ninguém a pode fazer sentir mal sem o seu consentimento” (Leonor Roosevelt). 

Descanse e divirta-se

Será que quando privilegia o descanso que precisa para estar em forma, não anda mais bem-disposta, vê tudo com mais clareza e tem outra energia para lidar com os mil pormenores da sua vida?

Respeite a sua necessidade e higiene de sono. Tenha passatempos que interrompam e não se relacionem com tudo o que faz habitualmente no trabalho ou em casa. Utilize o antidepressivo natural que é estar com amigas (tem efeitos muito positivos para a sua saúde mental), ou pessoas com quem pode falar e ouvir, relaxar e divertir-se ou estar plenamente presente.

Rentabilize o seu tempo ao máximo e viva mais em 10 passos

O que se aplica a cada pessoa é diferente consoante as circunstâncias e estilo de vida, quantidade e diversidade de tarefas. Mas, para começar:

  1. Trabalhe menos, faça menos e reduza a variedade do que faz.  Aprenda a parar e determine-se a fazer o que é mais importante em primeiro lugar;
  2. Deixe de procurar a perfeição pois só no cemitério é que há pessoas perfeitas;
  3. Faça uma coisa de cada vez e diga não;
  4. Simplifique e faça o essencial; Identifique como pode otimizar o que faz e elimine o que não acrescenta valor a si e aos outros;
  5. Organize-se: defina objetivos, inventarie o que tem que fazer e defina prioridades;
  6. Pratique o ‘toma lá dá cá’; Aprenda a negociar e encontre opções para benefício mútuo, em particular na sua vida profissional;
  7. Aprenda a delegar tudo o que pode ser feito por outros e tenha rotinas;
  8. Reduza o correio electrónico, mensagens instantâneas e evite estar sempre conectada (online e telefonicamente);
  9. Mobilize o seu clã: chame os miúdos e graúdos, utilize serviços externos (comida feita, lavandaria, máquinas de lavar, robots de cozinha, equipamentos informáticos);
  10. Aprenda a descansar, motive-se e desenvolva hábitos.

E, assim, desfolhe e trinque as rosas do seu dia, prendendo entre os seus dentes todo o sol dos dias, luar das noites transparentes e fulgor das tardes luminosas. E, em março, troque rosas, tenha paciência e faça o favor a si, e todos aqueles que ama, de ser mais feliz!

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