Só uma palavra nos liberta de todo o peso e da dor da vida: essa palavra é o Amor.”
Sófocles
Amor será talvez a palavra mais rica da História.
Carregada de significado, de conteúdo, e até de alguma controvérsia, pois chamamos o mesmo nome a uma série de sentimentos diferentes. Podem ser confundidas com amor, emoções como paixão, desejo, carência, amizade ou admiração. Até mesmo o sentimento que une pais e filhos, que é bem diferente do que existe entre marido e mulher, é descrito através da mesma palavra.
E o Amor-próprio? É a origem de tudo!
Tudo o que vemos e sentimos é primeiramente captado, para depois ser interpretado pelo nosso cérebro. Assim, o que vemos e sentimos acaba por ser um reflexo de um espelho de nós próprios. Só podemos interpretar aquilo que conhecemos.
Por exemplo, uma criança que não sabe o que é uma doença chamada nanismo, ao ver um anão poderia pensar que se tratava de outra criança, poderia ser diferente, mas seria uma criança. Isto porque para ela, todas as pessoas pequenas o são. Existe sempre esta ligação entre o nosso mundo interior e exterior, em que o interior interpreta o exterior.
O mesmo acontece com o amor. Quem não conhece o amor dentro de si, quem não se ama, quem não se valoriza, quem não se respeita, não consegue reconhecer o amor, apreciação ou respeito noutra pessoa, e poderá dar outra interpretação a estas emoções.
Pessoas com baixa autoestima tendem a aceitar comportamentos menos nobres por parte das outras pessoas, porque não se sentem merecedoras de mais. Elas próprias não se valorizam, por isso aceitam a não-valorização da parte de outros. Por outro lado, se alguém faz algo de valor por essa pessoa, se ela própria não se valoriza, o mais certo será não acreditar, desconfiar ou não aceitar.
Se quer sentir amor na sua vida, terá sempre de começar pela sua origem – por si.
Quando se amar com todos os seus defeitos e qualidades, saberá então amar outras pessoas. Mas se não começar pela origem, dificilmente conseguirá viver um amor com alguém, porque irá sempre duvidar que gostem de si, uma vez que você não gosta.
Tal como tudo na vida, trabalhar para conseguir um objetivo requer conhecimento sobre o que fazer e, muita ação para aplicar esse conhecimento na prática. Existem algumas formas de trabalhar o amor-próprio.
7 passos fáceis que ajudarão a trabalhar o amor-próprio:
A sua imagem é importante. Não a encare como futilidade e invista no seu aspeto físico.
- Vista-se com roupa que tenha realmente a ver consigo, não precisa de ser a última moda ou cara, precisa de ser aquilo que lhe assenta bem, independentemente da opinião que outras pessoas lhe possam dar.
- Faça o mesmo com o seu cabelo, use o corte que gosta, a cor com que se identifica. Se for necessário, peça ajuda a um profissional e marque uma consulta de aconselhamento de imagem.
- Nunca se compare com ninguém. Compare-se apenas consigo, como era antes, como pode melhorar agora, mas comparar-se com outras pessoas não será mais do que pura perda de tempo.
- Mime-se. Faça, pelo menos, uma coisa por semana que gosta muito. Pode ser estar só, pode ser comer algo que adora, pode ser uma massagem, qualquer coisa que realmente lhe dê prazer.
- Pergunte a familiares e amigos próximos quais as qualidades que veem em si.
- Estabeleça bem os seus limites. Esclareça aquilo que para si é ou não aceitável, e não permita que quem lida consigo os ultrapasse.
- Pratique algum exercício físico, mesmo que seja um esforço para si. O exercício físico liberta dopamina e serotonina, hormonas de bem-estar, e certamente gostará mais de si quando se olhar ao espelho.
