Atreve-te. Esta é uma palavra que eu gostaria que fosse mais estimada e mais valorizada. Por isso, decidi finalizar o ano de 2021 no Simply Flow, o tema mensal: “Atreve-te”.
Quando se pensa em atrevimento, muitas vezes é-lhe dado imediatamente uma conotação negativa. Para alguns, o significado tem uma relação negativa e exclusiva com a sexualidade. Porém, o atrever é um verbo cheio de valor e de poder.
Atrever é um verbo cheio de valor e de poder.
Nas minhas palestras, gosto de desafiar quem me está a ouvir com esta palavra: atrevimento. Isto porque quando olhamos para o atrevimento como um passo que damos em frente, como uma decisão de deixar a nossa zona de conforto e ir em busca de outro caminho, de outra experiência, de um crescimento pessoal, de uma outra forma de fazer, então o atrevimento passa a ficar pintado das cores das experiências que nos acrescentam. Atrever é isto.
Atrever é querer acrescentar novas cores à paleta da nossa vida.
É experimentar, é arriscar, é querer acrescentar novas cores à paleta da nossa vida, quando achamos que algo já não se adequa. É como se descobríssemos cores novas e as associássemos à nossa vida e com isso entrássemos num novo caminho.
Atrever é escolher fazer acontecer.
O atrever é também o abrir os braços para a vida, não permitindo que o medo ocupe demasiado espaço. É escolher fazer acontecer. É isso que é o atrever. É o reconhecimento do medo, que pode existir, mas não deixar que nos bloqueie ou que nos impeça de avançar ou de crescer.
A palavra “atrever” é algo que pode ser muito impactante para nós.
E a imagem que eu tenho ao pensar neste verbo, é a de um passarinho que, quando a mãe considera que ele está preparado para voar, o coloca à beirinha do ninho e diz: “Vai filho, atreve-te. Abre as asas e voa”.
Abre as asas e voa.
O atrever tem esta carga extremamente positiva e desafiante, que pode produzir muitas borboletas no estômago, mas que sem as trazermos para a nossa vida e as experimentarmos, tudo fica morno e igual. A vida deixa de nos surpreender.
Neste mês de Dezembro, atrevam-se.
Comecem já a fazer um balanço deste ano. Se calhar não é possível fazer grandes planos porque a vida já nos ensinou que o melhor é viver um dia de cada vez, preparando-nos para que tudo mude no minuto seguinte. Mas, atrevermo-nos pode ser já hoje! Não precisa de ser amanhã! E quem sabe assim, fazemos já a diferença na nossa vida!
Nota: Fotografia por Verónica Silva