Autor

Diogo Infante

Diogo Infante

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Formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema. Tem desenvolvido o seu trabalho como ator no teatro, no cinema e na televisão. Encenou vários espetáculos e estreou-se na realização com a curta-metragem “Olga Drummond”, com Eunice Muñoz na protagonista. Foi Diretor Artístico do Teatro Municipal Maria Matos e do Teatro Nacional D. Maria II. Em dezembro de 2017, assumiu funções como Diretor Artístico do Teatro da Trindade/INATEL. Em 2012, a convite do Festival das Artes, leu, nos jardins da Quinta das Lágrimas em Coimbra, o poema épico de Álvaro de Campos “Ode Marítima”, que culminaria num espetáculo, dirigido por Natália Luiza e acompanhado à guitarra por João Gil. Com a “Ode Marítima”, esteve em digressão internacional, passando por Seul, Tóquio, Washington D.C., N.Y., Johanesburgo e Madrid. Dirigiu e coprotagonizou “Quem tem medo de Virginia Woolf”, de Edward Albee, em 2017 e “O Deus da Carnificina”, de Yasmina Reza, em 2018, ambos no palco do Teatro da Trindade. Destaque ainda para o musical “Chicago” encenado por si e estreado em 2020, e o seu mais recente trabalho, como protagonista de “Ricardo III”, de William Shakespeare, também no Teatro da Trindade.

Cármen
LAZER,

A minha Cármen

Hoje, no Dia Mundial do Teatro, hesitei sobre o que escrever, numa época em que os teatros ainda estão fechados com tantos atores e técnicos sem trabalho, e sem um estatuto laboral que lhes permita um condigno apoio social. Pensei em relembrar a importância desta arte milenar no desenvolvimento das sociedades evoluídas ou até escrever sobre o que significa o teatro na minha vida e como através dele encontrei o meu caminho como homem e como artista. Depois lembrei-me de todos os atores que no último ano nos deixaram, sem aviso, sem que nos pudéssemos despedir e penso imediatamente na Cármen, na minha Cármen. Ainda não me habituei à ideia.