Auto-liderança: 5 formas de desenvolver a arte de conduzir o seu destino

Ana Tapia // Março 25, 2019
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O que precisa para sentir que conduz o seu próprio destino?

O que necessita para se inspirar, tomar consciência ou decidir-se de modo a impulsionar a concretização das suas aspirações ou viabilização dos seus sonhos? Qual a melhor via para simplesmente fazer o que precisa fazer em cada momento com uma noção de propósito, uma sensação de presença e confiança?

Em primeiro lugar aprenda a respirar, depois treine o seu coração, em seguida descubra os seus motivos e valores. Encontre sentido no que faz e não se esqueça de utilizar a inteligência!

1. Aprenda a respirar

Mover o ar relaxa e refresca

Como uma massagem interna e um duche.”

Richard P. Brown

Considerando todas as funções automáticas do nosso corpo, aquela que pode ser facilmente controlada de forma voluntária é a respiração. Através da respiração pode encontrar o equilíbrio, quer para se energizar, quer para se acalmar.

Alguns minutos de respiração controlada podem proporcionar-lhe calma e permitir que pense com mais clareza ou atue de modo mais apropriado.

Enquanto não aprende a respirar, cante, pois o cantar permite-lhe um tipo de respiração que estimula um sistema no seu cérebro que acompanha estados de relaxamento e tranquilidade. Já diz o ditado popular “quem canta, seus males espanta”.

2. Treine o seu coração

Se as pessoas arranjam todos os dias o cabelo,

por que não o coração?”

Provérbio Chinês

Está demonstrada a influência que os pensamentos de apreciação, evocação de memórias positivas (amor, alegria, calma, apreciação, etc.) têm no ritmo cardíaco (coerência ou regularidade cardíaca), bem como o impacto que as emoções negativas (frustração, ira, tristeza e mesmo as preocupações banais) produzem na irregularidade ou incoerência cardíaca.

Treine a sua atenção, de forma a identificar melhor as suas emoções; evoque memórias ou pensamentos que lhe criem sentido ou bem-estar, de forma a estar melhor preparado para lidar com as circunstâncias mais ou menos positivas da sua vida.

3. Encontre o seu “porquê”

Quem tem um porquê suporta qualquer como.”

Nietzsche

Descubra o que impulsiona ou bloqueia a sua vontade de agir. A mesma tarefa pode ter um sentido completamente diferente para duas pessoas. Para um pedreiro, o seu trabalho não é mais do que partir pedra, mas para outro, a mesma atividade pode consistir em construir uma catedral.

Para uma pessoa, a sua vida tem sentido desde que possa ter tempo e condições para proporcionar uma boa vida à sua família, ter segurança e tranquilidade, e tudo o que faz é visto sob essas lentes e impulsionado por esses motivos, enquanto para outra o que a impulsiona a agir é a possibilidade de ter ascendente e influência sobre os outros, obter estatuto ou acertar contas com todas as formas de injustiça ou desvios éticos.

Quaisquer que sejam as suas causas, ou os seus motivos para agir, descubra-os para que se tornem seus aliados em “suportar” qualquer “como”.

4. Encontre sentido no que faz

Faz parte da liberdade humana

–  a escolha da atitude que deve adotar –

para decidir o seu próprio caminho.”

Vitor Frankl

Vitor Frankl foi um psiquiatra sobrevivente de um campo de concentração que revela o poder que tem o “ter-se um sentido na vida”. Este podia residir na vontade de sobreviver para encontrar um ente querido, honrar as vítimas, fazer justiça, ou apenas manter o olhar naqueles que se ama como única forma de suportar a pior das situações ou sofrimentos.

Este exemplo traduz uma situação de vida extrema, mas na sua vida muitas vezes precisará de olhar não só para o porquê que o move, mas olhar ao “para quê”.

Pode encontrar o seu “para quê” em pequenas atividades sem grande espetacularidade, no viver do dia-a-dia, ou então descobrindo a sua missão pessoal que lhe confira sentido ao que faz.

5. Utilize a inteligência

A qualidade nunca é um acidente;

É sempre o resultado de um esforço de inteligência.”

John Ruskin

Embora o efeito do stress diminua a parte racional do nosso cérebro, que perde a  sua capacidade de orientação e guia da sua conduta, ou mesmo bloqueie qualquer atividade do córtex pré-frontal, a parte mais desenvolvida do cérebro racional, também está demonstrado, de acordo com um estudo da Universidade de Stanford, que é possível fazer um esforço consciente para controlar as emoções e bloquear o efeito devastador das emoções mais dolorosas ou traumáticas, físicas, psicológicas ou emocionais.

Mas cuidado com os efeitos duradouros do stress ou de situações traumáticas que podem levá-lo a estados prolongados de ansiedade, depressão, desinteresse, desmotivação e falta de esperança. Nestes casos, só um trabalho psicoterapêutico lhe poderá devolver o interesse, a motivação, a confiança e calma para colocar em ação a sua liberdade e capacidade de auto-determinação, para tornar-se mestre do seu destino e capitão da sua alma, palavras que Nelson Mandela pediu emprestadas a William Ernest Henley, para se inspirar e se auto liderar.

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