Cinema para sempre

Fátima Lopes // Novembro 5, 2019
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Todos os dias a sétima arte inspira milhões de pessoas e, pelo poder que exerce sobre as nossas emoções, é considerada por muitos a arte mais mágica. Faz-nos sonhar, rir, chorar e até gritar de medo! 

Para mim a ida ao cinema continua a ter qualquer coisa de especial.

Não se banalizou nem perdeu importância com a chegada de outros “concorrentes”. Coloco aspas porque não os considero concorrentes. 

As séries que passam na televisão ou mesmo os filmes passados em televisão, não são comparáveis ao filme visto no cinema. O grande ecrã, o escuro da sala, a companhia ou a ausência dela, influenciam o impacto e a memória que vamos ter daquele filme. 

Recordo a primeira vez que fui ao cinema.

Devia ter uns 9 anos e vivia em Moçambique. Havia uma fila gigante de pessoas para comprar os bilhetes, mas lá conseguimos. Não me lembro que filme era, só me lembro de ter ficado fascinada e de querer ver mais. 

Só voltei a repetir a experiência em Portugal e recordo-me que uma das minhas maiores alegrias era ter dinheiro para ir ao cinema com as minhas amigas. Íamos em grupo à matiné e era um super programa.

Quando tinha um namorico, é claro que o cinema era um dos lugares eleitos para namorar. “No escurinho do cinema”, como diz a música da Rita Lee, podíamos fazer juras de amor ao ouvido um do outro, enquanto dávamos a mão e roubávamos um beijo. Felizmente ainda não havia o hábito de levar pipocas, porque acho que muitos namoros teriam morrido mais cedo… 

Com o cinema sonhei e chorei muito.

Um dos filmes que mais impacto teve em mim na minha adolescência, foi o ET. Chorei que nem uma Madalena. Aquela criatura frágil, mas cheia de amor, encheu-me o coração. 

Mais tarde, já na faculdade, um dos meus maiores prazeres era aproveitar umas horas vagas para ir ao cinema sozinha. Ainda hoje tenho este hábito.

Gosto de ir ao cinema sozinha.

Não rejeito uma boa companhia, mas também não a procuro. É um momento em que gosto de ficar com os meus pensamentos, as minhas emoções, sem ter de as partilhar ou justificar. Apesar do barulho que possa haver à minha volta, sinto um silêncio bom. 

Cinema para todos os gostos.

Há filmes que  são impossíveis de esquecer, como “A vida é bela” ou “Casablanca”. Mas, eu percebi logo na adolescência que gostava muito de filmes românticos. E a vida permitiu-me perceber porquê: sou uma romântica incurável e uma eterna crente no amor. 

Os dramas também me levam ao cinema, desde que a história seja muito boa, assim como os actores. Aliás, sou capaz de ir ver um filme só por causa de um actor ou actriz. 

Filmes de acção e de suspense também me seduzem, mas menos. Já filmes de terror, nem pensar! 

Aproveite o Dia Mundial do Cinema para ir ao cinema ver um filme.

Porque sem o cinema, o mundo não seria certamente o mesmo, nem a nossa capacidade de sonhar seria igual. 

Nota: Fotografias por Verónica Silva

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