Durante a Queda Aprendi a Voar

Raul Minh’alma // Dezembro 12, 2020
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Um dos meus princípios enquanto escritor é que se aquilo que eu escrevo não servir para ajudar alguém, então eu não sirvo para escrever. É esse o meu propósito quando pego numa folha em branco e me aventuro ao longo de meses a escrever uma história. Não foi diferente com o “Durante a queda aprendi a voar”. 

Durante a queda aprendi a voar

Há muito que queria, e sentia que devia, falar sobre o tema da depressão e este ano de 2020, pelos piores motivos, foi o empurrão que precisava para avançar para esta temática. 

Com este livro tento mostrar, através de uma história de amor, mas acima de tudo de superação pessoal, que não pode haver complexos em procurar ajuda. Se procuramos um dentista quando estamos mal dos dentes, então qual o problema de procurarmos um psiquiatra ou um psicólogo quando andamos mal da nossa cabeça? Acima de tudo procuro desconstruir o preconceito e sensibilizar as pessoas para este tema.

Procurem ajuda

Procurem ajuda quando percebem que sozinhos não estão a dar conta do recado. Sem vergonhas. Sem complexos. É isso que nos ensinam a Teresa, o Fernando, o Duarte e o Gui. Os quatro personagens centrais deste romance. Além de nos ensinarem que não é possível sermos felizes enquanto estivermos a viver a vida que alguém disse para vivermos. Enquanto estivermos a viver os sonhos dos outros e a verdade dos outros. Para nos sentirmos completos e felizes temos, em primeiro lugar, de sermos nós mesmos e de fazer o nosso próprio caminho. 

Procuro com este livro e esta história, que aborda outras doenças mentais além da depressão, dar alguma esperança a quem a lê. Quem sabe dar o estímulo e a confiança que muita gente precisa para renascer e se reerguer para a vida. 

Quando tudo nos faltar ainda nos temos a nós

Tento mostrar que quando tudo nos faltar ainda nos temos a nós e que ainda que doa, precisamos de seguir em frente. Chorar e andar. Chorar e acreditar. Chorar e confiar que tudo vai passar. Porquê? Porque ainda que não tenhamos vontade e a esperança seja escassa, se não andarmos, se não acreditarmos e confiarmos só vamos ficar pior. Nós temos um poder incrível de superação e é importante lembrar que não somos doentes, estamos doentes. O que é completamente diferente. E se estamos, também podemos deixar de estar. E, quem sabe, seja este o primeiro pensamento a instalar na nossa cabeça. 

Espero que acolham com carinho este livro e estes personagens, porque foram construídos e pensados para nos mostrarem que as quedas da nossa vida não servem para nos derrotar, mas para nos ensinarem a voar.  

Nota: Fotografias por Verónica Silva

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