Meditação – um “medicamento” milagroso para a alma e para a mente

Rute Caldeira // Janeiro 23, 2017
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Muitas pessoas não iniciam a prática de meditação pura e simplesmente porque consideram difícil meditar. Criaram a crença de que meditar é cessar por completo a atividade mental e não é de todo o que acontece. A atividade mental mantém-se, mas com outro equilíbrio e foco.

Richard Davidson, um neurocientista que estuda os benefícios da meditação desde 1992, foi convidado por Dalai Lama para estudar e medir a atividade cerebral dos monges budistas. O resultado acabou por surpreender o próprio neurocientista, que considerava que meditação se tratava apenas de relaxamento. Mas rapidamente percebeu que era mais do que isso. Através dos seus estudos e enquanto observou os cérebros dos monges budistas em meditação, percebeu que, enquanto parecia que os mesmos estavam num repouso profundo, as suas mentes estavam intensamente focadas.

Quando Davidson comparou neuroimagens de pessoas que nunca meditaram com as dos monges, observou que os monges registavam mais atividade no córtex pré-frontal esquerdo – a parte do cérebro que regista emoções positivas.

Quanto maior a prática de meditação, maior a mudança que se nota no nosso cérebro. Deixo essa explicação nos textos em que falo nas ondas cerebrais. No fundo, habituamos o cérebro a um novo registo, criando uma nova assinatura mental que cria novos estímulos – estes por sua vez, mais equilibrados e pacíficos
Ou seja, o que pretendo aqui explicar, é que a pessoa durante a prática de meditação não deixa de pensar. A atividade está lá, contudo é uma atividade que gera emoções positivas, tranquilidade, foco, concentração e tranquilidade.

A meditação é uma maneira simples de educarmos a nossa mente para uma forma de pensar mais estável, tranquila, serena, clarividente e pacífica. Ao meditar, deixamos para trás aquelas reações “animalescas” que o stress gera em nós. Pura e simplesmente passamos a pensar com qualidade, uma qualidade que se vai verificar ao nível do comportamento e da linguagem. Tal como diz Richard Davidson “a maioria das pessoas concorda que o exercício físico é bom para a saúde, com os exercícios mentais é igual. Se levássemos o treino da mente tão a sério quanto o exercício físico, poderíamos treinar o nosso cérebro para transformar a nossa felicidade.”

Precisamente para que possa desmistificar a ideia de que meditar é complexo, deixarei nas próximas semanas exercícios de meditação simples e eficazes para praticar em casa.

Rute Caldeira

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