O poder da mente

Inês Cortez // Novembro 17, 2018
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A mente mente!

Alguma vez se deu conta de como a mente mente? Quantas vezes contamos histórias a nós próprios que não correspondem à realidade? E, o que será efetivamente a realidade?

A mente está essencialmente focada na sobrevivência, no menor gasto energético possível.

Prefere o caminho mais rápido e fácil, quer respostas lógicas e que de alguma forma nos tragam uma sensação de segurança e bem-estar, mesmo que ilusória. Esta sensação nem sempre é obtida da melhor forma, parece que a nossa mente, se for deixada “à vontade”, atua contra nós.

Exemplo disto é o caso de uma separação: quando alguém nos diz que já não quer continuar a relação, que já não gosta de nós e sai da nossa vida, começamos de repente a lembrar-nos só das coisas boas, para sofremos, para nos sentirmos as vítimas daquela situação. Esquecemos, naquele momento, as coisas más, que fizeram daquela relação um verdadeiro inferno. Neste caso, a mente pensa que está mais “segura” no papel de vítima, porque assim nada pode fazer, limitando-se a chorar e lamentar-se. Se assumisse o papel de culpada, teria muito mais trabalho e gasto energético, porque pensava no porquê de ter agido daquela forma, como poderia melhorar de futuro, como recuperar a relação, etc.

Outro cenário possível seria começarmos a pensar coisas más sobre essa pessoa que terminou a relação connosco, mentirmos a nós próprios pensando que somos nós que não gostamos e que não queremos aquela relação. Neste caso, a mente mente para nos mantermos sem grande esforço de ir atrás dessa pessoa, lutar pela relação ou termos de encarar o nosso ego ferido.

Em ambos os exemplos, a mente funcionou de forma a justificar a nossa sobrevivência com o menor gasto energético possível. O foco da mente é este e, por isso, mente, mas o coração não!

A mente mente, mas o coração não mente!

Podemos controlar os pensamentos, mas os sentimentos não. Podemos pensar mal daquela pessoa e que não gostamos mais dela, mas se for mentira da mente, o coração sente.

O ideal seria conseguirmos ter a mente e o coração em sintonia, a trabalharem para o mesmo fim.

É com o coração que sofremos, mas é com a cabeça que podemos evitar esse sofrimento. Seja qual for a situação, devemos ser nós a controlar a nossa mente. Tal como dizia David Foster Wallace: “A mente é um excelente servo, mas um senhorio terrível”.

O ser humano possui vários superpoderes, mas há um que subestima – o esquecimento! Lembramo-nos inúmeras vezes daquilo que deveríamos esquecer e esquecemo-nos do que nos deveríamos lembrar.

O verdadeiro poder da mente.

Tudo aquilo que vemos é resultado do que pensamos. As imagens que os nossos olhos recolhem são interpretadas pelo nosso cérebro, assim como tudo o que vivemos, e é aqui que reside o poder da mente.

Podemos, por exemplo, encarar um despedimento como uma oportunidade de ter mais tempo, de encontrar um trabalho melhor, de fazer mais dinheiro ou podemos interpretar esse mesmo despedimento como uma injustiça, falta de oportunidade ou mesmo uma catástrofe. Pode ser o fim de tudo ou o princípio de tudo, depende de nós.

A beleza disto é que os acontecimentos da nossa vida são uma resposta e uma consequência dessa realidade em que nos encontramos. Quando criamos a nossa realidade interna, os nossos comportamentos vão ser coerentes com os nossos pensamentos e conduzir-nos a essas mesmas oportunidades que temos em mente, ou até a outras que nunca imaginámos.

A mente tem o poder de materializar as coisas.

Já viu algum objeto existir na vida real que não tenha existido primeiro na mente de alguém? Qualquer cadeira, mesa, ou seja o que for, precisa existir primeiro no mundo das ideias, para depois se poder materializar.

Qual é a realidade que quer para si?

Comece a pensar nela, convença-se dela, experimente focar-se nos aspetos que com ela se relacionam. Sugiro algumas técnicas:

  1. Pensamento oposto – sempre que um pensamento negativo surgir, substituí-lo de imediato por outro positivo, criando um padrão mental positivo e criativo;
  2. Visualizar – as imagens que gostaria de trazer para a realidade;
  3. Mantras – repetir em pensamento, ou em voz alta, afirmações positivas, porque o nosso cérebro não sabe distinguir a verdade da mentira, ele acredita na nossa história.

Procure dar um bom uso à sua mente, ela tem o maior poder de todos – o de criar a sua realidade!

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