O que é a varíola dos macacos?

Ana Isabel Pedroso // Maio 23, 2022
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varíola dos macacos
varíola dos macacos

A varíola é um vírus, tal como o covid-19, mas de famílias diferentes. É um vírus de ADN da família Poxviridae. Foi inicialmente identificado em macacos, em 1958, e fazem dos roedores o seu reservatório. 

É raríssimo infectar humanos, mas acontece. 

O primeiro caso de varíola dos macacos (Monkeypox) foi descrito em 1970 no Congo. A primeira vez que surgiu no Ocidente foi nos Estados Unidos em 2003. Agora temos a confirmação de mais de 20 casos por cá e por isso nos chama tanto a atenção.

Como se transmite a varíola dos macacos?

Este vírus transmite-se por mordedura ou contato com fluidos de animais infectados. No geral, a transmissão pessoa-pessoa é muito rara. Porém, quando ocorre, é principalmente através de grandes gotículas respiratórias e é necessário um contacto cara-a-cara prolongado para a transmissão (por exemplo, num raio de 1,80m durante, pelo menos, 3 horas, sem equipamento de proteção pessoal – como o que usamos para o covid-19). O contacto com objetos contaminados, tal como roupa, ou com fluidos corporais de uma pessoa infectada também podem originar uma transmissão deste vírus. É, por isso, muito importante manter hábitos de higiene aos quais já estamos habituados, tais como lavar frequentemente as mãos com água e sabão e/ou álcool gel. 

A população mais vulnerável são as crianças, jovens adultos e doentes imunodeprimidos.

Inicialmente surge febre e as tão características  alterações cutâneas surgem 3 dias depois da febre.

6 Sintomas que deve ter em atenção: 

  1. Rash (97%) – erupção cutânea vesiculo-pustulosa que não poupa palmas das mãos e plantas dos pés, e surgem todas ao mesmo tempo (não tem umas a iniciar e outras em estágio avançado);
  2. Febre (85%);
  3. Calafrios (71%);
  4. Linfadenopatias – aumento dos gânglios (71%);
  5. Dores de cabeça (65%);
  6. Mialgias (56%).

Como é feito o diagnóstico da varíola dos macacos? 

A maioria das vezes esta é uma doença de percurso benigno, mas aconselha-se a recorrer aos Serviços de Saúde assim que houver alguma suspeita

Para se fazer o diagnóstico é necessário fazer uma análise laboratorial que pode ser zaragatoa orofaríngea ou de exsudato de feridas.

Caso se confirme o diagnóstico é importante que se faça o adequado isolamento da pessoa infectada para que não existam mais contágios. 

Qual é o tratamento? 

Esta doença é rara e normalmente benigna, não necessitando de tratamento específico, sem ser em casos raros graves.

A cura e o fim do período de contágio vai de 2-4 semanas.

Pensa-se que quem tem a vacina da varíola (dada até 1973) tenha algum grau de proteção, já que esta doença é semelhante.

Ainda não estamos perante um surto, mas é preciso estar alerta. 

É a primeira vez que este vírus está em Portugal. Ainda não estamos perante um surto, mas é preciso estar alerta.

Nota: fonte de informação UpToDate.

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