A tiróide é uma glândula essencial para o nosso bem-estar. A maioria das pessoas desconhece a sua existência, nem sabe onde fica localizada. No entanto, grande parte do nosso corpo é regulado pela tiróide e quando existe algum desequilíbrio desta glândula todo o funcionamento do nosso corpo é afectado, como, por exemplo, em casos de hipotiroidismo.
O que é a tiróide?
A tiróide tem uma forma semelhante a uma borboleta, com um peso de até 25 gramas no adulto e fica localizada na parte da frente do pescoço. Esta pequena glândula controla todo o metabolismo do corpo – ajuda a manter o funcionamento cerebral, a temperatura corporal, o nível de energia, o sono, o humor e o desejo sexual.
De forma resumida, as principais hormonas produzidas pela tiróide são a T3 (triiodotironina) e a T4 (tiroxina), e a sua produção e secreção são reguladas por um mecanismo de feedback negativo. Estas hormonas têm um extraordinário impacto na nossa saúde e no nosso peso, sendo muitas vezes essa relevância ignorada e incompreendida.
Os problemas na tiróide podem aparecer em qualquer fase da vida, desde da infância à terceira idade, sendo, no entanto, mais comum em mulheres.
O que é o Hipotiroidismo?
O Hipotiroidismo é caracterizado pela baixa atividade da tiróide e resulta da queda da produção das hormonas T3 e T4.
O Hipotiroidismo pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade. É, no entanto, mais frequente no sexo feminino e tende a desenvolver-se quando envelhecemos. Existem também casos detectados durante a infância e até em bebés recém-nascidos, uma vez que é possível detectar esta patologia através do teste do pezinho feito nos primeiros dias de vida.
Quais são os sintomas de Hipotiroidismo?
Os sintomas desta patologia podem variar de acordo com as caraterísticas individuais. No entanto, os principais sintomas são:
- Aumento de peso – A baixa produção de hormonas tiroideias faz o corpo desacelerar o seu metabolismo de modo que o corpo passa a queimar calorias mais devagar. Ou seja, à medida que o metabolismo desacelera, as células precisam de menos energia e o corpo armazena calorias extra em forma de gordura;
- Fadiga, sonolência, bocejos e exaustão – As pessoas com hipotiroidismo estão sempre cansadas, com níveis baixos de energias e mesmo ao acordar já parecem estar cansadas;
- Dores articulares, dores musculares e cãibras – As pessoas apresentam articulações e músculos rígidos, dolorosos e sensíveis;
- Sensação de estar sempre com frio;
- Sudorese (transpiração) diminuída – Se o metabolismo está diminuído há uma menor perda de calor corporal;
- Obstipação (prisão de ventre) – O hipotiroidismo também desacelera o metabolismo intestinal, as pessoas apresentam também distensão abdominal e flatulência (gases);
- Depressão – Existe um retardamento da função cerebral assim como a diminuição da produção da serotonina (“a hormona da felicidade”) levando a sentimentos de pessimismo, inadequação e incapacidade de desfrutar do prazer. A depressão é um dos diagnósticos mais frequentes de hipotiroidismo;
- Problemas de pele – rosácea;
- Problemas de cabelo – cabelo mais fino, quebradiço e com mais queda;
- Problemas de unhas – quebradiças com estrias e com crescimento lento;
- Retenção de líquidos na zona da face (cara e olhos), mãos, pés e pernas;
- Problemas menstruais e infertilidade – Frequentemente as mulheres com hipotiroidismo têm alterações nos seus períodos menstruais, que tanto podem ser irregulares e longos, com fluxo abundante, quer com pouco fluxo ou até mesmo inexistente;
- Reflexos mais lentos;
- Diminuição do desejo sexual;
- Voz rouca;
- Colesterol elevado;
- Hipertensão arterial;
- Frequência cardíaca baixa;
- Anemia;
- Alergias ou urticária;
- Sinusite – episódios frequentes.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico baseia-se na clínica e exame objetivo, ou seja, através da avaliação dos sinais e sintomas de cada paciente e de exames complementares de diagnóstico, tais como: ecografia da tiróide e análises laboratoriais.
Qual é o tratamento? Existe curta?
O tratamento é baseado nos 5 pilares do Anti-Aging: nutrição funcional, exercício físico, gestão do sono, suplementação não hormonal (a maioria das pessoas com hipotiroidismo tem défice de zinco, selénio, magnésio) e terapia hormonal ajustada aos valores analíticos apresentados pela análises.
