Parentalidade positiva: todos mais satisfeitos!

Inês Afonso Marques // Maio 12, 2022
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parentalidade positiva
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Quando falamos em parentalidade positiva ocorre com alguma frequência a confusão de que estamos a falar de um estilo parental em que os pais dizem que sim a todos os pedidos dos filhos, de que são pais permissivos, no meio de um reino onde são as crianças que ditam as regras. A ideia está, obviamente, errada.

A parentalidade positiva assenta num estilo parental que conjuga regras e limites claros, no seio de relações plenas de afeto e respeito mútuo. 

Na parentalidade positiva procura dirigir-se a atenção para comportamentos e gestos ajustados e louváveis, reforçando-os positivamente. 

Assim, estratégias comportamentais assentes na punição não são obviamente as eleitas no processo de ajudar as crianças a crescerem confiantes. Mais do que eliminar comportamentos desajustados, procura-se promover a cooperação e a adoção de comportamentos ajustados.

Educar uma criança com princípios da parentalidade positiva é usar os valores da família como bússolas orientadoras e é olhar para a criança e adolescente como um ser humano com necessidades próprias, com idiossincrasias temperamentais, que percorre fases de desenvolvimentos com características e tarefas inerentes distintas.

Globalmente, a adoção de um estilo positivo autoritativo (não confundir com autoritário), ou seja, que implica níveis de controlo equilibrados, pais atentos e responsivos às necessidades da criança, respeito e estima presentes em todos os momentos, possibilita que a criança cresça mais confiante, mais autónoma, mais feliz

As birras não vão existir? Os comportamentos de desafio não vão ocorrer? Vão.

Mas existirão com muito menor frequência e mais centradas em fases de desenvolvimento em que a linguagem para se expressar aquilo que se pensa e se sente ainda é limitada. Adicionalmente, serão momentos geridos de forma bastante mais rápida e construtiva, onde se procura sempre deixar uma mensagem de aprendizagem.

A parentalidade exercida de forma positiva fortalece a qualidade dos laços emocionais entre pais e filhos. 

As dinâmicas relacionais assentam no respeito mútuo e na comunicação afetiva, que se revela mais efetiva.

Como as crianças crescem mais confiantes e capazes, como os laços emocionais tendem a ser mais fortes, como tendem a existir menos momentos de tensão, a parentalidade é exercida num contexto de maior satisfação, com menos fatores de stress. Os pais sentem-se mais realizados, mais tranquilos, mais satisfeitos.

Parentalidade positiva: todos mais satisfeitos!

Aceito que possa parecer-lhe difícil e exigente (impossível, até!) que este modelo funcione. Com uma mentalidade flexível e de crescimento aliada a prática e muita paciência é mesmo possível fazer diferente e fazer a diferença. E todos saem a ganhar! O bem-estar individual de cada elemento da família e a qualidade relacional saem mais fortes.

Aceita o desafio?

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