Pedras nos rins - Como prevenir?

Inês Aires // Abril 13, 2020
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A litíase renal, vulgarmente conhecida por “cálculos renais” ou “pedras no rins” é uma patologia frequente que afeta por ano milhões de pessoas em todo o mundo.

O risco de desenvolvimento de cálculos é maior no sexo masculino e nos familiares dos doentes afetados. Após a eliminação de um cálculo, a probabilidade de eliminar um segundo cálculo é de cerca de 50% em cinco anos.

Quais as causas de litíase renal (pedras nos rins)?

Existem patologias hereditárias que se associam a litíase renal, mas a maioria dos casos está associada ao estilo de vida e a condições ambientais. 

Os fatores mais comuns associados a litíase renal são o baixo consumo de água (ambientes quentes, pouco acesso a líquidos, exercício físico excessivo) e os erros dietéticos (com elevado consumo de sal e proteínas animais, e baixo consumo de fruta). 

A obesidade, a imobilização prolongada, o uso de determinados fármacos ou as infeções urinárias recorrentes são também fatores de risco para o desenvolvimento desta patologia.

Pedras nos rins – Quais os sintomas?

A litíase renal é frequentemente assintomática (sendo diagnosticada apenas em exames de rotina). No entanto, quando eliminados pelo sistema urinário, os cálculos podem causar queixas de dor (cólica renal), perda de sangue (hematúria), queixas de urgência urinária (necessidade de urinar com frequência) ou ardor ao urinar. Em casos mais graves, podem estar associados a infeções urinárias recorrentes ou a doença renal crónica.

Tipos de pedras nos rins:

A urina é rica em substâncias minerais que habitualmente se encontram dissolvidas em água e são naturalmente eliminadas. Existem também na urina, substâncias que inibem a agregação destes minerais e que impedem a formação dos cálculos. Quando este equilíbrio é alterado (quer por excesso de substâncias dissolvidas ou redução da concentração dos inibidores), formam-se pequenos cristais que podem gradualmente aumentar de tamanho e formar cálculos cujo tamanho e a localização no sistema urinário é muito variável. 

Os cálculos mais comuns são formados por cristais de cálcio (fosfato ou oxalato de cálcio) e de ácido úrico. Existem também cálculos associados a infeções crónicas (estruvite) ou de cistina (geralmente associados a patologias hereditárias). Nem sempre é fácil determinar o tipo de cálculo, por isso (caso se consiga) os cálculos eliminados devem ser guardados para análise posterior.

Como prevenir a litíase renal (pedras nos rins)?

  • A melhor maneira de prevenir a litíase renal é a elevada ingestão de água (2 a 3 litros por dia). Os sumos de frutas cítricas (laranja, limonada, abacaxi) ou tisanas podem ser recomendados, mas devem-se evitar o chá, o café e todo o tipo de refrigerantes e bebidas alcoólicas
  • Em doentes obesos, a perda de peso deve ser incentivada.
  • O consumo de sal deve ser reduzido devendo evitar-se a adição de sal aos alimentos.
  • Recomenda-se também a redução de consumo de carne e o aumento do consumo de fruta e vegetais. No entanto, dependendo do tipo de cálculo poderá haver restrições alimentares específicas. Por exemplo: no caso dos cálculos de oxalato de cálcio o consumo de espinafres, beterraba, batata doce, frutos vermelhos, frutos secos e chocolate deve ser reduzido e no caso dos cálculos de ácido úrico deve ser reduzido o consumo de álcool, marisco, caça, carnes jovens (frango, leitão, cabrito), peixes gordos ou vísceras. O consumo de leguminosas deve também ser evitado.

Qual o tratamento para a litíase renal (pedras nos rins)?

O tratamento da litíase renal é geralmente conservador, passando sobretudo por medidas dietéticas e alteração do estilo de vida. Em determinados casos poderão ser recomendados fármacos que reduzem a excreção de cálcio (diuréticos tiazídicos) ou de ácido úrico ou ainda substâncias que alterem o grau de acidez da urina. Em casos mais graves poderá haver necessidade de recorrer a fragmentação dos cálculos (litotrícia) ou tratamento cirúrgico clássico.

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