Quais são os efeitos do stress no nosso corpo?

Carla Rosa // Janeiro 11, 2022
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O stress faz parte do nosso dia-a-dia devido às constantes preocupações e tensões a que estamos expostos, às exigências, aos desafios e pressões, sejam elas, profissionais, pessoais, emocionais, familiares, financeiras, culturais, entre outras. É importante entender quais os efeitos que o stress tem no nosso corpo a curto e a longo prazo.

O stress provoca muitas alterações no nosso corpo. 

Com o passar do tempo pode até provocar doenças irreversíveis e doenças auto-imunes, entre outras. E cada vez aparecem mais patologias novas devido ao aumento de stress a que estamos sujeitos atualmente.

Cada um de nós tem uma resposta diferente ao stress.

A nossa reação ao stress vai provocar-nos várias alterações quer ao nível físico, quer ao nível psicológico.

Numa primeira fase, quando nos sentimos em perigo, temos uma reação conhecida por “Luta ou Fuga”.

Esta reacção é activada pelo nosso sistema nervoso, que é o responsável pelas seguintes manifestações no nosso corpo: 

  • ativam-se as glândulas sudoríparas, produzindo suor;
  • dá-se um aumento da tensão arterial;
  • o fluxo sanguíneo dirige-se para os músculos
  • as pupilas dilatam-se para uma melhor visão;
  • dá-se um aumento da capacidade pulmonar;
  • o fluxo de saliva e a função digestiva diminuem;
  • libertam-se hormonas, como a adrenalina;
  • aumenta o ritmo cardíaco;
  • dá-se uma inibição da bexiga e funções excretórias;  
  • o fígado liberta mais glicose.

Todos já passamos por esta fase. Temos dificuldade em ficar quietos, mas muitas vezes, e arriscaria até dizer na maioria das vezes, temos mesmo de ficar parados e calados, como se estivéssemos “a engolir as nossas emoções e vontades”.  Porém, isso não faz com que o nosso corpo pare de ter estas reações internas e, por isso, chega a uma segunda estapa: a fase da resistência.

Depois segue-se a fase da resistência. 

Nesta fase, o corpo está muitas vezes a activar todas as reacções anteriormente descritas e começa a ficar cansado. Dependendo da reação do organismo de cada pessoa, podem desencadear-se algumas patologias, tais como:

  • Arritmias cardíacas;
  • Dificuldade na digestão;
  • Síndrome do cólon irritável; 
  • Tensão arterial alta;
  • Tendência para depressão;
  • Entre outros.

E, por último, a fase da exaustão. 

Se não tivermos consciência do mal a que o nosso corpo está exposto, tanto fisicamente, como mentalmente, podemos entrar facilmente na fase de exaustão. É aí que começam a falhar as nossas adaptações ao stress e há um déficit das reservas de energia. 

A maioria dos sintomas somáticos e psicossomáticos destacam-se mais nesta fase, uma vez que o nosso organismo tem uma resistência limitada e começa a entrar em falência. Assim, começam a aparecer várias patologias, como por exemplo:

  • Diabetes;
  • Fadiga Crónica / Encefalomielite Miálgica; 
  • Síndrome de exaustão;
  • Doenças auto-imunes;
  • Esgotamento;
  • Entre outras.

São doenças de adaptação em que o organismo vai identificar o meio de menor resistência, provocando uma desvitalização gradual e sistémica. E quando se chega a este ponto, podemos entrar numa fase irreversível.

Como evitar as consequências do stress?

É muito importante praticar exercício físico para quebrar a rotina do corpo, que está sujeito diariamente a movimentos e posturas repetitivas, que, muitas vezes, provocam lesões com o passar do tempo. Além disso, ajuda-nos também a libertar a adrenalina e noradrenalina que vamos acumulando ao longo dos dias, evitando que cheguemos às fases mais complicadas.

O sedentarismo é nocivo para a nossa saúde física e mental. O nosso corpo precisa de movimento para que exista uma hosmeostase entre todos os sistemas e isso traz-nos vitalidade, ou seja, saúde a todo o nosso corpo (físico e mental).

O trabalho de um Osteopata é ajudar a promover essa homeostasia entre os sistemas. Como? Trabalhando o sistema nervoso, sanguíneo, respiratório e músculo-esquelético. Este trabalho deve ser feito preferencialmente como preventivo, de forma a evitar as fases mais complicadas da exposição constante a altos níveis de stress.

A Osteopatia ajuda a restabelecer a parte física e fisiológica do corpo, mas, dependendo do que está a causar o stress, é importante também uma ajuda psicológica.

A Psicologia e Osteopatia complementam-se na perfeição no combate ao stress em muitos casos.

A chegada da pandemia desencadeou grandes níveis de stress e o medo, a incerteza, a solidão, a exaustão por excesso de trabalho, a dor, a tristeza, a angústia, a raiva e a perda, entre outros, passaram a fazer parte da vida de inúmeras pessoas. Sabemos agora que nada é certo e que de um momento para o outro podemos perder o controlo das nossas vidas, e isto aumentou ainda mais os níveis de stress tornando-os muito alarmantes! 

É urgente parar! 

A nossa rotina é tão corrida que muitas vezes nem temos tempo para pensar em mais nada. Vivemos de forma robótica, sem tempo para pensar. Por isso, grande parte das pessoas anda toda a vida a fazer o que é socialmente correto, sem pensar se é o que realmente quer ou o que lhe faz sentido.

Ter nem que sejam 30 minutos diários para parar e fazer uma meditação é essencial.  Esta é uma prática que vai ajudar a refletir e a ouvir a sua voz interior, traz calma, foco, concentração, baixa substancialmente os níveis de stress e, com o tempo, saberá exactamente aquilo que quer e o que não quer.

Escolha-se primeiro a si para depois dar o melhor de si aos outros.

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