Qual o papel da Naturopatia na prevenção do cancro?

Vasco Romãozinho // Maio 25, 2022
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naturopatia cancro
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O The World Cancer Research Fund em conjunto com o American Institute for Cancer Research têm vindo a publicar, desde há décadas, relatórios sobre tudo o que se sabe sobre o cancro.

O relatório mais recente, baseado em 3 anos de estudos e debates, em que um painel de especialistas revisou cerca de mil trabalhos, esclareceu duas questões fundamentais:

  1. A taxa de cancro tem vindo a aumentar;
  2. Apenas uma pequena percentagem de cancros é genética, sendo que a maioria dos casos pode ser evitada através de alterações ao estilo de vida e ambientais.

Assim, o facto de apenas 5 a 10% de todos os casos de cancro serem originados por defeitos genéticos e os restantes 90 a 95% dos casos se ficarem a dever ao meio ambiente e estilo de vida, oferece uma excelente janela de oportunidade para a prevenção.

A Naturopatia, tanto pela sua visão holística da saúde, como através das suas diferentes valências, nomeadamente as Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar, o Aconselhamento Dietético Naturopático, a Fitoterapia, a Aromaterapia, a Suplementação Ortomolecular, a Homeopatia, constitui-se como o método de saúde de excelência na prevenção do cancro.  

Naturopatia – Recomendações essenciais de saúde e bem-estar:

Segundo Preetha Anand et al. 2008, os fatores importantes no estilo de vida que afetam a incidência e a mortalidade por cancro incluem o tabaco, álcool, alimentação, obesidade, agentes infeciosos, poluentes ambientais e radiação.

  • Tabaco – O tabaco contém pelo menos 50 substâncias cancerígenas, sendo responsável por cerca de 25 a 30% de todas as mortes por cancro e 87% das mortes por cancro do pulmão;
  • Álcool – No trato aerodigestivo superior, 25 a 68% dos cancros são atribuíveis ao consumo de álcool;
  • Obesidade – A obesidade tem sido associada ao aumento da mortalidade por cancro do cólon, mama (em mulheres na pós-menopausa), endométrio, rins (células renais), esófago (adenocarcinoma), cárdia gástrica, pâncreas, próstata, vesícula biliar e fígado;
  • Agentes infeciosos – Em todo o mundo, estima-se que 17,8% das neoplasias estão associadas a infeções. Nos países desenvolvidos ocidentais, os vírus oncogénicos mais frequentemente encontrados são o papiloma vírus humano e o vírus da hepatite B;
  • Poluição ambiental – A poluição ambiental tem sido associada a vários tipos de cancro;
  • Radiação – Os cancros induzidos por radiação incluem alguns tipos de leucemia, linfoma, cancros da tiróide, cancros da pele, sarcomas, carcinomas do pulmão e da mama.

Aconselhamento dietético naturopático:

Segundo G Block et al. 1992, a presente revisão sistemática teve como objetivo analisar a relação entre a ingestão de fruta e vegetais e o cancro, sendo que o efeito protetor do seu consumo, foi encontrado em 128 dos 156 estudos analisados.

Para a maioria dos tipos de cancro, pessoas com baixa ingestão de fruta e vegetais, apresentam cerca de duas vezes o risco de cancro em comparação com aquelas com alta ingestão.

Assim, foi concluído que aumentar substancialmente o consumo de fruta e vegetais, pode representar um grande benefício em termos de saúde pública.

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Fitoterapia:

Segundo Adeeb Shehzad et al. 2013, a curcumina, constituinte ativo da curcuma, é um fitoquímico que tem sido usado, desde tempos antigos, no tratamento de diferentes doenças.

A desregulação das vias de sinalização celular, pela alteração gradual das proteínas reguladoras, é a causa raiz dos cancros.

Vários estudos têm fornecido uma análise aprofundada dos múltiplos alvos através dos quais a curcumina induz efeitos protetores contra o cancro.

A curcumina tem a capacidade de inibir a carcinogenicidade através da modulação do ciclo celular, ligando-se direta e indiretamente a diferentes alvos moleculares.

Assim, este estudo destaca o valor terapêutico da curcumina na prevenção de uma ampla gama de cancros.

Suplementação ortomolecular:

Segundo Sharon L McDonnell et al. 2016, concentrações séricas mais elevadas de vitamina D têm sido associadas a um menor risco de diferentes tipos de cancro.

Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar se a associação inversa anteriormente relatada entre a vitamina D e o risco de cancro, pode ser replicada entre mulheres maiores de 55 anos.

Com essa finalidade, a incidência de cancro durante um período de vários anos (mediana: 3,9 anos) foi comparada de acordo com as concentrações de vitamina D. O estudo incluiu todos os diferentes tipos de cancro invasivos, excluindo o cancro da pele.

Tendo sido observado que mulheres com concentrações de vitamina D ≥40 ng/ml, apresentaram um risco 67% menor de cancro do que mulheres com concentrações <20 ng/ml.

Sendo assim concluído que concentrações de vitamina D ≥40 ng/ml foram associadas a uma redução substancial no risco de todos os diferentes tipos de cancro invasivos.

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