Quando nasce um bebé, a casa dos pais vira quase um local de romaria, onde todas as pessoas querem ir para visitar o novo membro da família e, como é lógico, felicitar também os pais. No entanto, faz sentido pensar neste assunto com alguma sensatez, pelos potenciais riscos que pode acarretar.
A altura mais crítica na vida de qualquer ser humano é o primeiro mês de vida.
É um período onde os mecanismos de defesa ainda estão muito imaturos e, por esse motivo, a probabilidade de apanhar algumas infecções é bastante maior do que será mais tarde, com o seu crescimento e desenvolvimento. Desse modo, é importante reforçar alguns cuidados, para minimizar esse risco.
Quais os cuidados a ter quando visitamos um recém-nascido?
. Lavar bem as mãos
Esta é, provavelmente, a medida mais importante de todas. As nossas mãos albergam inúmeros microrganismos, alguns dos quais são capazes de provocar doenças potencialmente graves. Assim, é imprescindível lavá-las de forma adequada sempre que alguém estiver em contacto com o bebé, seja adulto ou criança.
. Adiar as visitas menos “urgentes”
Este é um aspecto um pouco mais controverso. Não acho que se deva impedir propriamente as pessoas de visitar o bebé, mas é importante pensar que algumas dessas visitas podem ser adiadas alguns dias, permitindo que o seu sistema imunitário se vá desenvolvendo. No entanto, tem que se ter a sensibilidade de não ferir susceptibilidades, pelo que é um ponto que deve ser gerido com delicadeza e bom senso.
. Evitar os beijos na face e mãos
De um modo geral, sempre que possível os beijos aos recém-nascidos devem mesmo ser evitados. Contudo, nem sempre é fácil controlar esta questão, pelo que se deve, pelo menos, ter algum cuidado nos locais onde se dão os beijos. Assim, a face e as mãos são os locais menos adequados, ao passo que os pés, por exemplo, comportam menos riscos e devem ser preferidos.
. Restringir o contacto com pessoas que estejam doentes
Este é um conselho muito intuitivo porque é completamente lógico. Sempre que alguém estiver doente não deve contactar com o bebé e isto é válido para todo tipo de infecções. Alguns exemplos são: as infecções respiratórias, gastroenterites ou herpes labial.
. Se sair de casa prefira passeios ao ar livre
Esta é uma área pouco consensual. Há especialistas que defendem que no primeiro mês de vida os bebés não devem sair de casa, precisamente pela sua imaturidade em termos de mecanismos de defesa. No entanto, há outros que afirmam que essa proibição não existe, mas deve-se optar, sempre que possível, por locais ao ar livre e/ou bem arejados, de forma a impedir a concentração de muitos microorganismos no ar.
Estes são só alguns conselhos, mas que devem servir de ponto de reflexão para tentar minimizar os riscos a que os nossos bebés podem estar expostos.
