São João de Braga

Margarida Martins // Junho 20, 2017
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Em época de santos, não podia deixar de puxar a brasa à minha sardinha e de escrever sobre o São João de Braga.
Há anos que a tradição é passar a noite de dia 23 na rua a celebrar, como manda a lei, até de manhã.

Esta noite é sempre bem animada e as festividades levam toda a gente para a rua. A cidade fica inundada de gente pronta para a animação.

O segredo para passar o melhor tempo possível nesta festa é combinar com um grupo grande de bons amigos, jantar a bela da sardinha, ou, a quem não agradar este peixe, a bifana, tudo comprado por senhas, acompanhar com cerveja bem fresquinha e sentar em mesas corridas num sítio qualquer em que haja arraial. Como é óbvio, durante todo o jantar é obrigatório haver animação musical e participar num sorteio desconhecido em que o primeiro prémio seja um galo.

Esta é uma noite em que todos se dão com todos e se diz adeus às animosidades. Se encontramos alguém que não conheça a festa e que pareça perdido, há que levá-lo também com o grupo a conhecer a tradição.

Depois do jantar bem longo e bem divertido e das danças ao som de Quim Barreiros, é tempo de fazermos o percurso até à Avenida da Liberdade. Aqui, com as estradas cortadas, só se veem as pessoas de alho porro na mão e martelos para dar nas cabeças umas das outras.

Descemos a avenida toda para ver as bandas. Dançamos e cantamos as músicas que cada uma vai tocando e elegemos sempre a nossa favorita. Quando o espetáculo acaba rumamos até aos carrinhos de choque.

Perto do parque de exposições estão instalados todo o tipo de carrosséis de entre os quais podemos escolher. O clássico será sempre os carrinhos de choque, em que entramos sempre, nem que seja para uma voltinha só.

A esta altura já não é cedo e a noite está a terminar. Há tempo, no entanto, para fechar a noite com chave de ouro e comer a fartura para rematar. Agora sim, podemos regressar a casa descansados.

Conversamos, dançamos e divertimo-nos muito até de manhã. É um dos dias mais bonitos na cidade. Braga ilumina-se e mostra-se no seu esplendor.

Margarida Martins

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