Será que conhecemos o poder da conexão?

Fátima Lopes // Julho 4, 2022
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Há cada vez mais pessoas a despertar para a importância de aprender e praticar as ferramentas de desenvolvimento pessoal. É fácil perceber porquê. O mundo tem evoluído a um ritmo tão acelerado, a nível tecnológico e científico, que acabou por contaminar o interesse de muitas pessoas por outras áreas. Há uma espécie de monopólio do racional e intelectual, que nos traz cada vez mais conhecimento das coisas, mas cada vez menos conhecimento sobre nós próprios. 

Se olharmos à nossa volta, as pessoas estão sempre ligadas. Não conectadas. Ligadas. 

Ao quê? Ao mail, às redes sociais, à Internet. Ao mundo digital, a ligação é constante, sem períodos de pausa, sem dúvidas nem questionamentos sobre o tempo de ligação ou o valor do que obtemos com essa ligação. Se eu perguntar a uma pessoa qualquer, que ainda não tenha feito nenhuma tomada de consciência, quando tempo está conectada por dia, provavelmente nem irá compreender a questão. Achará que estou a perguntar quando tempo está ligada por dia. 

Para mim, estar conectada é estar ligada ao meu interior. É virar a atenção cá para dentro e perceber o que se está a passar. 

O que estou a sentir, o que estou a pensar, compreender a minha forma de sentir e ver o mundo, assim como as pessoas. É ter disponibilidade para me conhecer e me reconhecer. Só consigo reconhecer os meus comportamentos, atitudes e sentimentos, se existir um conhecimento prévio de mim própria, que chega através destes momentos de conexão. 

O silêncio é uma ferramenta preciosa para esta conexão. 

Anula a hipótese de boicotarmos o processo com distrações, já que às vezes procuramos fugir àquilo que não gostamos em nós. 

Tirar alguns minutos por dia para nos conectarmos e escutarmos o nosso coração, é fundamental para o nosso equilíbrio, bem-estar e felicidade. 

A verdadeira felicidade, aquela que é mais duradoura, precisa de conexão. 

Quando nos treinamos nessa conexão connosco, acabamos por descobrir o valor da conexão com a natureza. É que a natureza, na sua pureza, faz-nos sentir coisas simples que às vezes perdemos lá para trás ou nunca valorizámos. Por exemplo, respirar no meio de uma floresta, caminhar descalço na terra, abraçar uma árvore, ou contemplar o mar. Qualquer uma destas ações, associada ao silêncio e ao mergulho em nós, revela-se altamente poderosa. E dessa conexão connosco e com a mãe natureza, saímos mais fortes, mais empoderados e mais esperançosos, tal como nos sentimos quando recebemos o abraço terno e profundo das nossas mães

Conectem-se uma e outra vez. 

Experimentem sem medo e vão perceber, que afinal estava dentro de vós uma chave maravilhosa para viver a vida com mais propósito

Nota: Fotografia por Verónica Silva

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