A aceitação, de que tanto gosto de falar, é um conceito que valorizo muito e sobre o qual vale a pena debruçar-me.
A aceitação dirigida a nós próprios
Primeiro penso na aceitação dirigida a nós próprios, isto é, a capacidade de nos olharmos com amor, de respeitarmos as nossas características, de aceitarmos as nossas limitações e fragilidades. Não ganhamos nada em fazer comparações com os outros, simplesmente porque somos diferentes e únicos.
Na maior parte das vezes, a única coisa que resulta das comparações é uma desvalorização de nós próprios e uma diminuição da nossa auto-estima. É muito mais válido e positivo, concentrarmo-nos em quem somos, com as nossas capacidades e incapacidades, e aceitarmos simplesmente sem questionamentos.
A aceitação em relação aos outros
Em segundo lugar, penso na aceitação em relação aos outros. Em vez de criticarmos, julgarmos e penalizarmos o outro por ser diferente de nós, por fazer escolhas que não são as nossas, por pensar de outra forma, limitarmo-nos a aceitá-lo com as suas mais valias, as suas limitações e imperfeições.
Grande parte dos conflitos entre as pessoas surgem por não haver aceitação do outro tal como ele é. Pretendemos que os outros pensem, ajam e sejam como nós. Quando isso não acontece, rejeitamos. Então, é preciso perceber que a aceitação é a construção de uma ponte para o outro e uma forma de chegar ao equilíbrio e harmonia entre as pessoas. Seja no seio da família, no contexto profissional ou onde quer que seja.
Viver em aceitação
A verdade é que viver em aceitação não é para todos. Só as pessoas emocionalmente desenvolvidas percebem que a aceitação é uma riqueza e que faz bem a todos.
Nota: Fotografia por Verónica Silva