Vamos finalmente abrandar o ritmo e desfrutar mais a vida?
Uma das decisões que, provavelmente, cada um de nós mais vezes toma e reitera é a de que vamos finalmente abrandar o ritmo e desfrutar mais a vida. Andamos todos a querer ser mais zen, a lembrarmo-nos da importância de ter mais cuidados com a nossa mente, a ambicionar o bem-estar físico e emocional, e depois constatamos que ficamos stressados por não cumprir esse “objectivo-plano”, como idealizámos. São tantas exigências ao mesmo tempo, em áreas tão diferentes da nossa vida, que muitas vezes não conseguimos relaxar nem ser efectivamente aquilo a que nos propusemos.
O poder da mente
Nós conhecemos o poder da mente e o quanto ela é capaz. Para o bem e para o mal. Quando a mente não está ainda suficientemente treinada a trabalhar para nós, aproveita para trabalhar contra nós, cedendo mais facilmente ao stress. Mudar este hábito, leva tempo e dá muito trabalho.
Não se stress por ainda não conseguir viver devagar, de forma mais respirada. O importante é que isso continue a ser um objectivo presente, para que possa ir implementando micro mudanças, que acabarão por dar frutos.
Como começar a viver devagar?
Por exemplo, introduza pequenos momentos de meditação. Podem ser só de 5 minutos, mas no final do dia já representam um ganho. Ou inicie a prática de exercício físico. Mesmo que não seja todos os dias, ou o tempo que julga ideal, já é alguma coisa. Durante esses minutos, por poucos que sejam, já viveu devagar.
Outro caminho muito positivo para começar a viver devagar, é introduzir actividades, que sejam vividas como hobbies. No meu caso, apaixonei-me recentemente pelo bricolage. Enquanto pinto, corto e transformo, sinto que a vida corre mais devagar e tem outro sabor. Aos poucos, valorizando estes pequenos passos, aceita a sua condição humana e reconhece simplesmente, que nos momentos em que a vida rola devagar, sente felicidade.
Nota: Fotografias por Verónica Silva.
